O poder dos jornalistas
"(...) o poder do jornalista não assenta no direito de fazer uma pergunta, mas no direito de exigir uma resposta." (Milan Kundera, A Imortalidade, p. 111)
Em Portugal estamos mais adiantados:
O jornalista de TV tem até o direito de não deixar o entrevistado completar o seu discurso, interrompendo-o e tornando-o assim qualquer coisa de irrisório e sem valor!
Espanta-me é a docilidade subserviente com que todos se submetem a este processo tremendamente erosivo da sua credibilidade.
Eu não faço isto com os meus alunos, que são miúdos... nem sei se eles me deixariam, para dizer a verdade!
Em Portugal estamos mais adiantados:
O jornalista de TV tem até o direito de não deixar o entrevistado completar o seu discurso, interrompendo-o e tornando-o assim qualquer coisa de irrisório e sem valor!
Espanta-me é a docilidade subserviente com que todos se submetem a este processo tremendamente erosivo da sua credibilidade.
Eu não faço isto com os meus alunos, que são miúdos... nem sei se eles me deixariam, para dizer a verdade!
5 Comments:
É verdade. Já tenho comentado esse aspecto e já me tenho irritado com o modo como os nossos jornalistas cortam as palavras aos entrevistados. Chego a pensar que eles não querem que o oiçamos, querem fazer-se ouvir, o entrevistado é apenas um pretexto.
O autismo profissional é contagioso. Há que reforçar a vigilância, caros colegas ;)
Concordo plenamente contigo LBug.
Tl
E a propósito dos nossos alunos serem miúdos... pois são numas coisas, mas noutras nem tanto como parecem... algum jornalista os foi OUVIR, agora que tanto deles se falou? (Sem os tornar "qualquer coisa de irrisório e sem valor"...)
Os jornalistas não OUVEM os outros porque não se ouvem a si próprios (se o fizessem, mudariam para melhor, o que não se vê).
Ou então: não OUVEM porque não SUPORTAM ouvir-se a si póprios.
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