PISA e Finlândia
Andei a investigar na net o que se passa com o sistema de ensino na Finlândia que explique o seu extraordinário sucesso no PISA de 2003 (resultados publicados em Dezembro de 2004): os alunos finlandeses, com 15 anos de idade, ficaram em primeiro lugar na leitura, na matemática e nas ciências. Na resolução de problemas, perderam por pouco para a Coreia do Sul. As médias das notas ficaram 40 a 50 pontos mais altas do que a média da OCDE, de aproximadamente 500 pontos.
Vários factores parecem estar por detrás deste sucesso, entre outros: uma elevada exigência de formação dos professores (que, na escola, podem centrar a sua atenção apenas em ensinar), elevada autonomia das escolas, início da escolaridade aos 7 anos, cerca de 20 alunos por turma, escola com poucos alunos (apenas 3% das escolas tem mais de 600 alunos) e fosso entre ricos e pobres pequeno. Os salários dos professores são baixos face a outras profissões, mas o nº de dias e de horas de trabalho são também comparativamente mais reduzidos, como se explica aqui, neste artigo do Washington Post: no caso apresentado, para um salário líquido de 2000€ por mês o professor trabalha 190 dias por ano (é esta a duração do ano escolar na Finlândia), 3 a 8 horas por dia.
O texto mais interessante que li foi este (até porque não deixa de manter um olhar crítico): What We Can Learn from Finland.
Mas também neste texto, Educação e Formação, com origem na Embaixada da Finlândia de Lisboa, há coisas interessantes (foi daqui que retirei os dados que coloquei no 1º parágrafo deste post).
O relatório no Portal do Governo, analisando o caso português, também é de ler.
Vários factores parecem estar por detrás deste sucesso, entre outros: uma elevada exigência de formação dos professores (que, na escola, podem centrar a sua atenção apenas em ensinar), elevada autonomia das escolas, início da escolaridade aos 7 anos, cerca de 20 alunos por turma, escola com poucos alunos (apenas 3% das escolas tem mais de 600 alunos) e fosso entre ricos e pobres pequeno. Os salários dos professores são baixos face a outras profissões, mas o nº de dias e de horas de trabalho são também comparativamente mais reduzidos, como se explica aqui, neste artigo do Washington Post: no caso apresentado, para um salário líquido de 2000€ por mês o professor trabalha 190 dias por ano (é esta a duração do ano escolar na Finlândia), 3 a 8 horas por dia.
O texto mais interessante que li foi este (até porque não deixa de manter um olhar crítico): What We Can Learn from Finland.
Mas também neste texto, Educação e Formação, com origem na Embaixada da Finlândia de Lisboa, há coisas interessantes (foi daqui que retirei os dados que coloquei no 1º parágrafo deste post).
O relatório no Portal do Governo, analisando o caso português, também é de ler.
4 Comments:
Notei um pormenor: início da escolaridae aos 7 anos. Quando cá se permitiu que as crianças ingressassem no 1º ciclo ainda com 5 anos, achei um erro grande, e talvez tivéssemos bem menor insucesso se até só ingressassem aos 7! Aliás, por alguma razão sou levada a perguntar a certos alunos, que até são empenhados e bons alunos de facto, com que idade entraram no 1º ano e a resposta é sempre a que espero nesses casos: com 5. (Porque e quando faço a pergunta, julgo que se deduz)
Professores competentes, autonomia nas escolas, avaliação séria de escolas e professores e exigência para com os encarregados de educação são factores fundamentais para alterar o actual estado de coisas na Educação em Portugal...
Governo prepara-se para fechar a escola secundária D. João de Castro já no próximo ano lectivo. A venda dos valiosos terrenos que a escola ocupa justifica a medida.
Informação relevante a vossa!
Tenho cópia do currículo nacional educativo da Filândia, mas faltavam-me aspectos importantes que hoje encontrei aqui.
Cheguei há muito pouco à "rede de blogs".Iniciei-me apenas há dias com o meu e, há menos tempo ainda, com o blog dos alunos da minha DT. Por entre a confusão de coisas sem interesse, hoje descobri que estou em boa companhia - há quem persista em não baixar os braços e em lutar por dias mais claros. Parabéns pela Sala de Aula que nos oferecem neste (IN)DOCENTES e pelas Salas de Aula a que ele nos conduz.
Todas as "Aulas" fossem assim...
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