O melhor aluno
Há dias, num jantar, um professor de Economia, a ensinar numa universidade, dizia mais ou menos assim:
"Gosto de ter alunos, mais do que a saber muito, que apresentem estas três características:
- raciocínio: saber pensar sobre uma situação ou sobre uma ideia;
- organização: saber delinear uma estratégia ou definir um plano para enfrentar a situação e atingir um determinado objectivo;
- disciplina: saber manter-se empenhado na linha de acção que foi decidida, embora sem nunca deixar de fazer os ajustes que se revelem necessários.
Um aluno destes consegue aprender tudo, mas mesmo tudo, o que eu tenho para lhe ensinar!"
1º, Concordo!
2º, Confesso que, nas minhas aulas, trabalho directamente muito mais a 1ª característica (por exemplo, exigindo sempre que os alunos expliquem o porquê do que afirmam) do que as outras .
E vocês, o que acham disto?
"Gosto de ter alunos, mais do que a saber muito, que apresentem estas três características:
- raciocínio: saber pensar sobre uma situação ou sobre uma ideia;
- organização: saber delinear uma estratégia ou definir um plano para enfrentar a situação e atingir um determinado objectivo;
- disciplina: saber manter-se empenhado na linha de acção que foi decidida, embora sem nunca deixar de fazer os ajustes que se revelem necessários.
Um aluno destes consegue aprender tudo, mas mesmo tudo, o que eu tenho para lhe ensinar!"
1º, Concordo!
2º, Confesso que, nas minhas aulas, trabalho directamente muito mais a 1ª característica (por exemplo, exigindo sempre que os alunos expliquem o porquê do que afirmam) do que as outras .
E vocês, o que acham disto?
9 Comments:
Bem, eu também concordo com aquelas 3 características e bom seria se os nossos alunos as tivessem. Mas actualmente até no ensino superior elas são raras quanto mais no ensino básico! De qualquer modo, não faz mal nenhum que lhes comecemos a ensinar a seguir essa linha de pensamento.
Bem, atendendo a que é fim de semana, coisa e tal, pode-se ensaiar várias linhas de resposta (sem compromisso):
a) Trata-se, evidentemente, de uma citação do Mao ("não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar") cunhada em estilo académico;
b) O tal professor disse isso mais para o início, ou mais para o fim do tal jantar?
c) Grosso modo o que esse professor definiu foi o "pensamento crítico"; cabe perguntar: é para isso que lhe pagam?
d) O que é "saber muito"? acaso o pensamento crítico não faz parte do saber?
e) o professor que assim falou definiu - involuntariamente? - o ensino pós-moderno, que tem sido uma boa desculpa para que os alunos não aprendam (e os profs nºão ensinem) o que devem.
f) Como (e o que) é que esse professor avalia no âmbito da disciplina que lecciona? Mais técnicas pós-modernas (avaliação contínua, etç) ?
g) etç.
Concordo totalmente com o que disse o professor que citas, mas se conseguirmos a 1ª característica nos alunos de hoje (em que cada vez mais - ressalvando as excepções - o esforço de raciocinar/pensar anda arredado dos hábitos que a sociedade lhes inculca)já não é nada mau!
Eu também me esforço bastante para que o raciocinio se desenvolva... questionando o porquê de uma resposta e o porquê de não ser a outra...
Acho que faço o meu pedacinho para mudar o mundo... :P
Gosto de ter alunos, mais do que a saber muito, que apresentem estas três características:
- persistência
- persistência
- persistência
Tudo o resto, em maior ou menor escala, virá por arrasto.
hummm…raciocínio… organização… disciplina… flexibilidade… velocidade…. resistência… orientação espaço temporal… diferenciação cinestésica… ritmo… equilíbrio…
e FORÇA... de vontade,...
Concordo com as 3 características apresentadas... O que sinto como professora é que os nossos programas cheios de "conteudozinhos" muitas vezes tiram-nos o tempo para que os alunos consigam entender o sentido das matérias de uma forma mais lacta...
É como quando estamos a olhar para uma pintura... se a olharmos demasiado perto perdemos a noção do todo... E para aprender a raciocinar criticamente é preciso saber ver o todo...
O meu problema é este: se eles não sabem nada, raciocinam acerca de quê? Tem de haver "saberes" e não apenas: "saber fazer", "aprender a aprender", "aprender a pensar"... De acordo com tudo isso, mas ninguém pensa no vazio. O excessivo centramento nas competências e a metacognição não têm dado grandes frutos, pois não?
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