Desistir
Face ao grande número de desistências de estudar por parte dos alunos, disse isto hoje aos pais na reunião:
Os alunos que desistem são aqueles que não acreditam que, depois de uma falha ou um obstáculo, podem recomeçar de novo para uma melhor aprendizagem do que a anterior.
Porque, nas suas experiências anteriores de tentar e não conseguir, eles tiveram mais dor e sensações de inferioridade do que encorajamento para superar as dificuldades ("Não tens vergonha? Hás-de ser sempre um inútil! És um calão! Um incapaz!", etc, etc)
Agora, ao desistirem, eles falham porque querem, já não falham porque são inferiores. É preferível não querer do que estar condenado a ser inferior aos outros.
Tentar de novo é uma experiência de solidão e de desamparo se, à sua volta, não existir um clima de afectuoso encorajamento que afaste as suspeitas que eles sentem de que não prestam.
Por isso, pais e professores não devem reforçar que os filhos são menos, mas apenas que, em cada caso específico e apenas aí, o que eles fizeram foi desadequado às exigências da situação. E que têm todas as qualidades para fazerem melhor e/ou mais.
Os alunos que desistem são aqueles que não acreditam que, depois de uma falha ou um obstáculo, podem recomeçar de novo para uma melhor aprendizagem do que a anterior.
Porque, nas suas experiências anteriores de tentar e não conseguir, eles tiveram mais dor e sensações de inferioridade do que encorajamento para superar as dificuldades ("Não tens vergonha? Hás-de ser sempre um inútil! És um calão! Um incapaz!", etc, etc)
Agora, ao desistirem, eles falham porque querem, já não falham porque são inferiores. É preferível não querer do que estar condenado a ser inferior aos outros.
Tentar de novo é uma experiência de solidão e de desamparo se, à sua volta, não existir um clima de afectuoso encorajamento que afaste as suspeitas que eles sentem de que não prestam.
Por isso, pais e professores não devem reforçar que os filhos são menos, mas apenas que, em cada caso específico e apenas aí, o que eles fizeram foi desadequado às exigências da situação. E que têm todas as qualidades para fazerem melhor e/ou mais.
2 Comments:
Sabes, Rui, são essas as regras básicas da psicologia educacional.
Se passares no Aragem (www.outroarcanjo.blogspot.com) vai perceber porque me sinto revoltada com essas situações. Sim, os pais precisam de apoiar, mas quantas vezes, nós professores, não o fazemos.
Isamar, tal como os professores têm tendência a dar aulas do tipo das que receberam quando eram miúdos, também os pais tendem a reagir em relação aos filhos como o fizeram com eles. Amor há, está é muitas vezes distorcido, ou incapaz de se expressar da forma mais construtiva. Como ultrapassar isto? Com aquilo que venho defendendo há muitos anos (desde o meu estágio): com a escola a assumir um papel mais activo na educação de pais.
Obrigado pelo voto de bom feriado, espero que tenha tido um bom fim de semana também.
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