sexta-feira, outubro 28, 2005

Finalmente...

quinta-feira, outubro 27, 2005

Estou assim...

domingo, outubro 23, 2005

Exame de Matemática, questão 11 e critérios de classificação

No post anterior critiquei os critérios de classificação. Apresento agora o caso mais gritante da 1ª chamada... depois, decidam vocês.

Questão 11 (os negritos são da minha autoria):
Arrumaram-se três esferas iguais dentro de uma caixa cilíndrica (figura 1).
Como se pode observar no esquema (figura 2):
• a altura da caixa é igual ao triplo do diâmetro de uma esfera;
• o raio da base do cilindro é igual ao raio de uma esfera.
(aqui aparecem as duas figuras, que não incluo porque não sei pô-las aqui)
Mostra que:
O volume da caixa que não é ocupado pelas esferas é igual a metade do volume das três esferas.
(Nota: designa por r o raio de uma esfera.)

Um aluno que:
a) indicasse as fórmulas usadas nos cálculos (com r a designar o raio de uma esfera)
b) pegasse numa régua e medisse as figuras do enunciado;
c) fizesse os cálculos todos com aquelas medidas, mostrando clara e logicamente aquilo que era pedido,

teria que cotação?

Zero!!!
Sim, ZERO!!!

Podem verificar, aqui.

Conclusão: os alunos não sabem matemática?

Ou, no exame, fez-se o que se pôde para que os alunos não tivessem bons resultados?

quinta-feira, outubro 20, 2005

Correctores... para punir?

Agora que, finalmente!, pude olhar para alguns dos exames dos nossos alunos (um trabalho de análise mandado fazer pelo Ministério), ao mesmo tempo que examino os critérios de correcção (alguns, reconheço-o, absurdos), há algo que emerge por cima de tudo:
Uma imensa mágoa ou amargura pela forma mesquinha e penalizadora como tantos dos nossos colegas interpretaram esses critérios e os aplicaram na correcção das provas.
Admito que tenham tido dúvidas. Mas porque é que em caso de dúvida optaram por penalizar o(a) aluno(a)? Vi respostas iguais (mesmo e realmente iguais) serem classificadas de forma diferente, mas nunca beneficiando o(a) aluno(a)! Porquê? Porquê? Não compreendo.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Que base para reclamarmos?

Há um problema muito complicado na questão das nossas reclamações por aquilo que consideramos ser injusto nas medidas tomadas por este governo.

Refiro-me aos resultados que os nossos alunos apresentam e que, quer queiramos quer não, são vistos como fruto do nosso trabalho... ou da ausência dele, como agora se suspeita abertamente.

Um facto incontornável é que os nossos alunos apresentam taxas de insucesso absolutamente confrangedoras: é nos exames nacionais, é nas provas internacionais, é nas taxas de abandono, é na assiduidade e sei lá que mais!

Daqui até as pessoas pensarem que os professores não se esforçam o suficiente, ou mesmo que fazem mal o seu trabalho, vai um curtíssimo passo. Elas dão-no com todo o à-vontade, e a gente não tem respostas compreensíveis e convincentes para isto.

É esta questão que os professores, as suas estruturas representativas e as sindicais, se recusam a entender e a encarar de frente!

Na minha opinião, e por mais injusto que isto possa ser, quer para professores quer para alunos, não há neste momento alternativa (nem campanhas publicitárias que aparecerão sempre como patéticas) a não ser engolirmos em seco e organizarmos as nossas escolas apenas segundo dois objectivos curtos e duros: 1º máximo sucesso nos exames; 2º luta sem tréguas ao abandono escolar.

Quando conseguirmos resultados não vergonhosos nestes dois objectivos, aí teremos força para rebater quem nos critica e nos "castiga"! Antes disso é esforço inútil e, como já disse atrás, patético.